sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre a ausência


Tua ausência cala o mundo. Só há silêncio debruçado nos caminhos. Nenhuma música, buzina ou voz. Não há flores, alegrias, abraços. Não há gargalhadas, trovões ou gritos_ apenas relâmpagos imaturos que acendem um céu sem lua, sem estrela, sem chuva, sem qualquer coisa que me tire a atenção da falta. Tua ausência cala o mundo, o mar, os ventos. Tua ausência desaba silenciosamente sobre meus dias, soterrando meu outono... Ela magoa demais o meu sossego.
(Tua ausência é essa substância densa.)
Tua ausência é tão presente que é pessoa... e me abraça.

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